sexta-feira, 10 de outubro de 2014 @ 13:49
Era previsível. Eu já sabia que as coisas tomariam esse rumo. Os sintomas estavam lá, sempre estiveram. Noites. Dias. Semanas. Confusões premeditadas. Eu sentia que as coisas terminaram assim, e terminaram. Nada parecia fazer sentido, até que eu entendi o que aconteceu. Sempre foi assim, você notou?
O destino prega peças. Ele nos leva por caminhos estranhos, nos faz descobrir coisas boas e ruins. Aprendemos tanto nessa jornada, mas perdemos algumas coisas também. E o destino está lá, nos observando. Esperando por nossas reações. Em alguns momentos ele muda tudo o que está ao nosso redor, e em outros, ele apenas deixa que a gente se afunde mais numa história. Você acredita em destino? Você acredita que as linhas da vida são traçadas por alguém que possui um poder maior que as nossas escolhas? Parece confuso, parece distante, parece inacreditável. Mas não é. Nossos destinos estão escritos e eles nunca estiveram juntos. Nossos caminhos se cruzam, mas não se juntam. E sabe por quê? Por que somos assim, pessoas feitas para se encontrar e não para se juntar. Em alguns momentos somos opostos, e em outro, somos completamente iguais. Mas não é assim que a vida é feita. A nossa é assim, cada um pro seu canto buscando sua felicidade. E nunca dividindo ela. Eu aceitei isso. E você também aceitou. “Que coisa estranha?!” foi o que você me disse naquela noite. Eu sei que é. É bem estranho mesmo, mas o que posso fazer? Somos assim, cada um seguindo seu sonho. - Não foi isso que discutimos? – Mas mesmo assim, parece que cada um se atrai. Porém não mais. Agora acabou. Era previsível. Era notável. Era a vida tomando seu rumo. E agora devemos tomar o nosso, cada um pro seu lado. Então vamos lá? Te encontro por ai, como eu disse nossos caminhos sempre se cruzam, pode ser hoje, amanhã, e talvez, daqui a 20 anos. Mas vamos nos ver um dia. Até lá se cuide, não se perca. Que eu te vejo por aí.
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Agnes Martins
segunda-feira, 16 de junho de 2014 @ 19:32
Por diversas vezes comecei esta carta. Escrevi, apaguei, comecei outra vez. Rasguei a folha e peguei uma nova. Mas nunca terminava, não parecia certa, não parecia verdadeira. Comecei diversas vezes esta carta, mas nenhuma delas parecia transmitir aquilo que eu precisava falar a você.
Quando nos conhecemos não foi mágico, nem nada. Foi normal, como duas pessoas precisavam se conhecer, amigos em comum nos apresentaram, conversamos, rimos e a noite acabou. Não nos beijamos no final da noite, não saímos no dia seguinte e nunca marcamos um cinema no domingo.
Pareceu certo acontecer assim. Conversamos diversas vezes, compartilhamos piadas idiotas e fotos constrangedoras. Era certo assim. Com o passar do tempo nossa amizade foi crescendo, sempre que nossos amigos saiam era certeza que iríamos nos ver. Mas nem sempre era assim, às vezes eu tinha que trabalhar ou estudar. Enquanto você saia com outros amigos ou tinha que ir visitar sua família no interior.
O primeiro beijo foi estranho. Aconteceu numa festa, depois daquela tequila ou seria depois das cervejas? Quando aconteceu, olhamos um para o outro e rimos. Essa era uma das coisas que sempre comentávamos, “e se um dia nos beijarmos?”. Nesse momento pareceu uma história de filme, onde os amigos se beijavam, viravam um casal e ficavam juntos pra sempre. Entretanto, essa não foi nossa história.
Começamos a sair como um casal, íamos ao cinema, comíamos pizza aos sábados e em algum final de semana você me levou para conhecer sua família. Nos primeiros meses fomos um sonho de casal, nossas piadas ainda eram engraçadas, não cansávamos de conversar um com o outro. Parecia que nada tinha mudado. Mas mudou. Os sintomas começaram a aparecer depois dos seis meses de namoro.
Nós tínhamos temperamentos diferentes. Nossas ideias começaram a ir para cominhos diferentes. As mensagens nem sempre eram respondidas mais. O casal adorável começou a ser o casal desconfortável. Tinha sempre um clima pairando ao nosso redor, você conseguia sentir?
Mas o pior momento foi a traição. Nunca imaginei que chegaríamos nesse ponto, entretanto nós chegamos. Não houve briga, somente lágrimas. Minhas e suas. Saímos tão machucados dessa relação, e eu sempre me pergunto, “como foi que não vimos isso acontecer?”. Não foi você que me traiu ou eu que te trai. Nós nos traímos. Achamos que nossa relação seria pra sempre, que não acabaria com magoas. Porém, quando tudo acabou eu só conseguia sentir mágoa de tudo isso. E não acho que com você tenha sido diferente.
Agora somos completos estranhos na vida do outro. Magoados por que acreditávamos que éramos invencíveis. Ou será que era por sermos jovens demais? Por diversas vezes eu comecei essa carta e nenhuma delas conseguiu ser tão verdadeira como esta.
Me desculpe se não duramos para sempre. Me desculpe se eu não pude ser a namorada que você sempre quis. E não se preocupe, eu te desculpo também. E obrigada por me escrever antes, agora sinto que podemos seguir em frente como jamais tínhamos conseguido.
Com amor,
Manuella
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por Agnes Martins
quarta-feira, 14 de maio de 2014 @ 19:52
Eu sempre comecei meus textos falando sobre você. Contava como nos conhecemos, pelos momentos que passamos e da maneira que terminamos. Eu contava pra todo mundo. Eu precisava contar pra todo mundo. Você era do tipo de pessoa que eu precisava dividir, precisava mostrar que existia e que não era uma simples invenção da minha cabeça. Começou assim, esse vício de falar sobre você, sobre nós.
Era como se eu precisasse ter certeza de tudo que aconteceu. Dos momentos que dividimos, dos segredos que compartilhamos, das brigas do cotidiano e as alegrias que pareciam não ter fim. Tudo aconteceu de forma tão rápida, pelo menos foi o que pareceu, que quando acabou eu não acreditei. No início pensei que fosse uma brincadeira e que aos poucos as coisas fossem voltar ao normal. Entretanto, isso nunca aconteceu. E eu entendi a lição que a vida quis me passar. E então, continuei a escrever sobre você. Era a maneira que eu tinha para extravasar aquilo que tinha ficado. Aquela dor, a saudade, o amor e a decepção.
Nesse meio tempo, enquanto me curava de você, passei a escrever mais. Falei sobre mim, das minhas histórias, dos momentos, das alegrias e tristezas, e também, aprendi a escrever sobre outras pessoas. Passei a perceber mais o mundo que estava a minha volta e tudo isso, em parte, graças a você.
Quando comecei a escrever, pensei que tudo seria relacionado a você, a nós. Mas não era. Nunca foi. Contei sobre muito mais. Escrevi sobre os lugares que fui, sobre as pessoas que conheci e das emoções que vivi. Tudo aconteceu tão tranquilamente, que quando a vontade de escrever para você se foi, eu nem percebi.
Então, eu dedico esse último texto para você. Por que o tempo em que eu escrevia sobre você acabou.
quarta-feira, 26 de março de 2014 @ 21:09
Certa vez, acreditei que tinha resolvido todos os meus problemas. Que tinha largado os amores que não me faziam bem, que tinha deixado de lado as coisas que me magoavam e, principalmente, que tinha aprendido a lição.
Certa vez, pensei que acordaria mais leve e que meus olhos não estariam mais inchados pela manhã. Pensei que tinha resolvido tudo, que tola eu fui.
Acordei na manhã de domingo mais pesada do que antes. Deixei que os pesos da vida caíssem sobre meus ombros e eles ficaram por lá, pesando minha coluna, me deixando curvada todo o dia. Meus olhos estavam pesados e as lágrimas não saiam do lugar. Elas não saiam por que eu não deixava, nunca deixei. Talvez seja por isso que sinto esse peso em mim de forma tão brusca. Eu não deixo meu corpo liberar a dor. No fim das contas, é como se eu gostasse de alimentar essa vontade de me sentir pesada, cansada e vazia. Ou será apenas uma característica minha?
Certa vez percebi que minha tristeza tinha alma de artista. Sempre que aparecia, ela trazia uma amiga, a inspiração. No começo adorei a visita, mas depois comecei a me incomodar. Por que ‘diabos’ a inspiração não vem com felicidade? Mal sabia eu, que ela vinha sim. A inspiração sempre batia na porta quando a felicidade estava em casa, mas eu nunca abri. Que erro grave.
Acontece, que nem mesmo a tristeza tem chamado à inspiração. Ela cansou de vir apenas quando tinha um sentimento amargo dentro de mim. E deixou um bilhete com a seguinte mensagem: “Agnes, me procure quando a felicidade estiver ai também, gosto dela. Assim como gosto da tristeza, mas, por favor, me chame mais quando a felicidade estiver ai.”.
Devo confessar que ainda não tentei chamá-la quando a felicidade estava aqui, entretanto, nesse momento de sentimentos estranhos – veja bem, não exatamente uma tristeza – a inspiração apareceu outra vez. Ela sorriu pra mim de uma maneira que não sorria há tempos. E eu tenho certeza de que ela sempre esteve ali, esperando que cada sentimento me fizesse voltar a escrever, assim como fiz agora para você.
Agnes Martins domingo, 29 de dezembro de 2013 @ 17:51
Há tempos tenho perdido a vontade de escrever. Não por falta de assunto, mas simplesmente por que as palavras não formavam frases coerentes pra mim. Ultimamente, tudo tem acontecido como se a inspiração tivesse ido embora. Como se os motivos pelos quais eu escrevia tivessem partido de me deixado sem nada.
Porém, sempre tem aquela música que reacende todo o sentimento. Toda aquela vontade de escrever volta como se nunca tivesse partido. As palavras voltam a se juntar e formando grandes frases, e quem sabe, um grande texto. Em alguns momentos poucas frases são suficientes, mas em outros, um texto parece ser necessário também. Então eu coloco a música que me inspirou para tocar novamente e assim, aos poucos, volto a escrever.
Que saudade das minhas palavras. Essas mesmas palavras que há muito tempo expressaram minha dor, felicidade, agonia e meu amor. Sentimentos bons. Sentimentos ruins. Apenas emoções que precisavam ser contadas ao mundo. Ou apenas contadas para esse pedacinho de papel. E novamente passam os três minutos da música inspiradora, só que, agora eu não quero reiniciá-la, pois seu trabalho de me inspirar já terminou. E as palavras que precisavam ser ditas também.
Então, deixo meu conselho – que é passado por todos – para você: Quando faltar a inspiração coloque música. Pois, uma delas irá te inspirar a escrever e quando menos perceber um novo texto surgiu. E mais uma vez tudo foi expressado.
terça-feira, 10 de setembro de 2013 @ 22:56
Eu mudei. Finalmente me mudei. Não moro no mesmo endereço. Não tenho mais o mesmo número de telefone e até o meu email eu mudei. Corri pra um lugar que eu sabia que a gente não ia se encontrar. Muitos vão dizer que eu fugi de você. Mas não, eu fugi de mim. Eu corri pra um lugar onde eu não me afetaria, onde não seria possível passar pelos lugares que a gente ficou e me torturar ao procurar por você.
Eu fugi de você também. Fugi por que já estava na hora de sair da sua vida. Estava na hora de você aprender a viver sem a minha sombra por ai. Nós ficamos presos em uma corda invisível, porém nenhum dos dois foi capaz de perceber isso. Já estava na hora de alguém pegar uma tesoura e cortar essa linha.
E agora eu estou aqui nessa cidade distante de você. Onde, sinceramente, eu posso andar tranquila por que não irei até você, e nem você poderá vir até mim. Não irei ao bar na esquina da sua casa. Você não irá à padaria em frente ao meu trabalho. Não vamos nos encontrar por acaso na balada que sempre fomos. Não vamos nos ver na casa dos amigos em comum. Não vamos ver os nossos novos companheiros. Será doloroso sei bem, mas tudo bem, somos adultos podemos lidar com isso.
Não me procure mais. Eu não irei te procurar mais também. Não temos mais redes sociais em comum, voltamos a ser completamente estranhos. E se eu estou sendo muito depressiva sinto muito, mas sou assim, você bem sabe. Então agora estou indo embora por completo, sem vestígios de você em mim.
Não direi adeus, nem até breve, ou até mais. Chegou a hora de sorrir e continuar andando sem olhar para trás.
Agnes Martinsquinta-feira, 28 de fevereiro de 2013 @ 22:05
Que eu tentei escrever sobre a gente. Tentei mesmo, mas simplesmente não consegui. Não sabia como colocar a nossa história no papel, e talvez, seja pelo fato de que nunca compreendi exatamente o que tivemos. Preciso te dizer que na maioria das vezes que escrevi sobre o que sentia era para dizer que eu estava magoada com alguma coisa, mas quando se tratava de escrever sobre felicidade não conseguia pensar em nada.
Mas com você foi diferente. Sentia que precisava escrever alguma coisa, e por incrível que pareça, você me mostrou que eu poderia escrever qualquer coisa, que eu era mais forte do que imaginava, que meus sonhos eram dignos da minha personalidade, e principalmente, que eu poderia ser amada. Lembra da primeira viagem que fizemos juntos? Quando nos sentamos de frente pro mar e esperamos pelo amanhecer. Aquele foi o momento perfeito e eu sei que você sentiu isso também.
Um momento só nosso. E assim como todo o tempo que passamos juntos, as lembranças que conquistamos, vão estar sempre guardadas na nossa memória. As pessoas acreditam que quando um relacionamento acaba, é por que o amor acabou, mas eu não acredito nisso. Não estou dizendo que vamos ficar juntos novamente, porém o amor que existiu entre a gente não vai morrer só por que nós dois não demos mais certo. Eu não vou te esperar. Você sabe que não sou desse tipo. Mas quero que você saiba que mesmo conhecendo outras pessoas, ainda vai ter aquele cantinho do meu coração que vai sempre se lembrar da gente, e acredito que o mesmo vai acontecer com você.
E se um dia nos esbarramos na rua, por favor, eu lhe peço, não vamos nos ignorar. Por que o que a gente teve não era pra qualquer um, era só nosso, como sempre vai ser. Não se preocupe com o passado, somos adultos o suficiente para saber que o tivemos passou, e que a nossa história continua lá, só esperando que alguém a leia.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012 @ 16:56
O dia começou como outro qualquer. Acordei com um poodle ao pé da cama, o sol batendo em meu rosto e o calor entrando em meu quarto. Após me levantar comecei a pensar no que iria fazer durante o dia. Faculdade, trabalho e depois outras atividades. Era sempre assim, eu reclamava dessa chata rotina, mas ela me matinha de cabeça cheia. E assim eu não pensava em coisas inúteis, mas às vezes nossos pensamentos vão seguindo o ócio, e nossa mente vagueia para um mundo qualquer.
O dia já está na metade. Faz calor, mas o tempo está fechando, isso mostra que a chuva se aproxima. E o que irei fazer? Minha mente já passou pelo caminho do ócio e do trabalho, mas não parou em nenhum deles. Que agonia! Mas um dia chega ao fim. Foi um dia produtivo. Quem sabe outros dias como esse se repitam. terça-feira, 16 de outubro de 2012 @ 13:49
Quero sentir o vento em minha pele e o gosto de viver. Liberdade! É isso que eu procuro quando ando solitária pelo mundo. É o que todos estão procurando, mas poucos realmente a encontram. Quero encontrar, quero saborear e aproveitar cada momento desse sentimento.
O mundo me prende em pequenos detalhes, que às vezes não percebo, mas sinto que não sou inteiramente livre. Tudo é limitado pelos preconceitos e medos que sou envolvida todos os dias. "Li-ber-da-de" palavra definida pelo dicionário como direito de proceder conforme nos pareça, contanto que esse direito não vá contra o direito de outrem. Mas será que é somente isso? Acredito que não.
Que a verdadeira Liberdade traga-me conhecimento. Que ela não seja confundida com libertinagem. Que todos aprendam quando usar, quando sentir e quando aproveitar o peso que esta palavra tem.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012 @ 13:57
As pessoas reclamam que a vida é sempre a mesma coisa. Todos os dias as mesmas atividades, escolhas e os mesmos erros. Mas será que é desse jeito?
Sempre reclamo da minha rotina, nunca fiz nada para muda-la. E sempre quero que algo diferente aconteça. Gosto de surpresas e fico imaginando qual a vida me reserva. Às vezes no acostumamos tanto com a nossa rotina que nem imaginamos por quanta coisa nos estamos passando, não olhamos para o céu, não percebemos as pessoas que estão próximas da gente. É como se a nossa vida fosse uma bolha onde temos que fazer muita coisa ao mesmo tempo. As nossas escolhas no dia a dia acaba nos afastando mais ainda dos nossos verdadeiros objetivos. Quantas vezes você disse que teria um tempo só pra você? Então tente mudar a sua rotina, fuja do óbvio e abrace as surpresas da vida. segunda-feira, 21 de maio de 2012 @ 18:22
Uma das coisas que mais me orgulho é o fato de escrever bem, mas existem dias em que eu duvido desta capacidade. Entretanto, quando o faço me sinto nas nuvens, perdida no mundo da imaginação onde todas as coisas que passo para o caderno fazem sentido e querem contar alguma coisa.
Quando escrevo, esqueço problemas e preocupações do cotidiano, e penso somente no que estou fazendo. É como se de repente o instinto de escritora viesse para superfície da alma e ajudasse a começar e terminar todas as histórias, mensagens e pensamentos.
E então começa a tocar uma música. A música que inspira e ajuda a criar e a passar todos os pensamentos para o caderno. O caderno, o grande amigo dos escritores, que sempre estão com um dentro da bolsa.
É de se imaginar, ou não, que eu tenha algo mais para escrever. Mas não, infelizmente não tenho. A inspiração dura minutos, um texto vem, outro vai e sempre que consigo terminar, sinto que sou uma pessoa mais feliz, pois consegui desabafar, consegui me expressar e mudei o meu humor. Quem escreve sabe como isso é bom, então espero que você, que gosta de escrever, continue, pois essa sempre vai ser uma forma de mostrar quem você é e quem você será.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011 @ 13:53
Sentar na Praça da Liberdade é uma forma de deixar que meus sentimentos transformem minha mente, que fica cheia do barulho do mundo, em um lugar vazio, sem problemas ou medos. Decidi mais uma vez, me sentar em seus bancos, vazios e sem expressão, contemplando o tempo nublado que refletia minhas emoções.
Percebi que aos poucos aparecia uma luz fraca, mas ao mesmo tempo reconfortante, que esquentava minha pele. Notei que era o Sol mostrando como, mesmo preso entre as nuvens, ele poderia confortar quem ali estivesse. Observei as pessoas que passavam e tentei imaginar o que elas pensavam, entretanto, achei uma tarefa árdua, já que nem mesmo em meus pensamentos conseguia me concentrar. Tentei lembrar o motivo de ter ido novamente à praça, por que decidi me refugiar novamente perto de sua rua cheia de palmeiras imperiais, seus pássaros que mesmo em um dia frio não paravam de cantar. Lembrei-me de quando era criança e meus pais me traziam aqui: são momentos felizes, que não voltam mais. Assim como meu tempo que aos poucos se acaba, e sinceramente não sei como fugir, e que deixa marcas, que só nos afasta dos erros que cometemos, mas sem tê-los consertado. Do que adianta deixar que o tempo passe, se não conseguimos esquecer tudo que passou? Sinto que minha cabeça pode explodir a qualquer momento. Entretanto, sinto que ela acomoda essa explosão a deixando de lado e me fazendo preocupar somente com os meus novos problemas, nunca com os antigos que me assombram durante minhas noites de sono. Porém, ainda não entendo o que estou fazendo aqui. Nesta praça que me traz lembranças de épocas que eu não tenho vontade de lembrar. Épocas que eu preferia ter esquecido, e que sinceramente, eu não queria ter vivido, mas vivi por que fui teimosa. Ou talvez, por que queria parecer valente aos olhos de muitos. Eu queria saber, somente por que estou aqui, neste lugar que muito me lembra, que muito me esquece, que muito me confunde. Quem sabe um dia eu descubra, só espero que não seja tarde demais, pois quero agradecer por tudo que ele me proporcionou.
Beeijos,
terça-feira, 18 de outubro de 2011 @ 09:56 Talvez esse não seja um dos meus grandes momentos para escrever, mas aparentemente, quero escrever sobre coisas das quais desconheço. Talvez por que eu esteja me aproximando de algo assim, ou talvez, por que eu queira aprender mais sobre o assunto. Mas qual seria o assunto? Qual sentimento eu desconheço tanto? Qual seria essa sensação que deixa pessoas perdidas e sem rumo quando acaba? Se você acha que é o amor, acertou. Se acha que é outro sentimento qualquer, não sei outro que poderia escrever. Mas acredito que a única coisa, da qual eu não goste de falar, seja o amor. Palavra estranha de dizer, e quando é dita pode trazer grandes conseqüências. Não vejo, não sei se somente eu, certa coerência nas minhas palavras. Mas ao mesmo tempo em que digo isso, sinto como se estivesse tirando algo de dentro de mim. Seriam mais uns dos meus momentos de desabafo? Ou seriam apenas momentos de pura vontade de escrever? Não sei qual é a verdadeira questão, só sinto que chegou à hora de escrever alguma coisa. Significa que meus pensamentos estão se encontrando, e que chegou a hora de mandá-los pra fora. Talvez um dia eu possa juntar tudo o que eu escrevi, e ver algum sentido nisso tudo. Mas ultimamente só tenho visto erros da pontuação, erros de concordância e coerência verbal. É tempo de ler e aprender mais, é tempo de colocar as coisas em dia, é tempo de colocar a cabeça no lugar e entender o que acontece. Por que eu já perdi a confiança em coisas que nunca pensei confiar. Enquanto eu perco meu tempo escrevendo coisas irracionais que me vem a cabeça, chega o dia onde tudo acaba e todos vão embora. Beeijos,@Guinhamcr quarta-feira, 1 de junho de 2011 @ 00:04
Durante muito tempo aprendi a me esconder em uma capa de mudanças constantes, esquecia meus sentimentos e quando isso acontecia eu mudava meu jeito de ser. Por muito tempo fui a insensível, a apaixonada, a bobona e a idiota. Hoje sou a mistura de tudo isso só que pior, me descontrolo e faço coisas sem pensar nas consequências e isso se tornou um grande problema. Quando eu parava pra pensar nas coisas que tinha feito, ja era tarde demais. O arrependimento batia com tanta força que, durante dias, eu me esquecia. Esquecia de tudo, esquecia do mundo. Eu me dizia que assim era melhor, me esconder nas minhas varias maneiras de viver, mas com isso veio um grande problema, porque eu me esqueci de quem eu sou. Me esqueci das coisas que me faziam feliz, de como eu queria ser aos 17 anos. Logo estarei chegando aos 18 , e tudo que eu sei é que eu não quero continuar assim. Mas como me encontrar novamente se eu não sei onde eu me perdi. Sei que parece insano, mas não é e nunca foi. Nós nos perdemos todos os dias, e sempre conseguimos achar a nossa identidade. Só que eu realmente perdi a minha, não sei quem sou ou quem eu fui. Eu sou aquela garotinha escondidas nos livros, usando um rabo de cavalo? Ou a menina que usava rolinhos pra dormir e ficar linda no dia seguinte? Ou sou a adolescente que não se sente bem com ela mesma? Acho que sou a mistura disso, no fim das contas eu virei tudo isso, uma pessoal superficial. Queria tanto poder mudar isso em mim, e melhorar. Mas eu não consigo, ou não quero .. é difícil saber agora. Minhas chances de mudar ja estivera tão perto de mim e agora elas se foram e não querem voltar. Cansei, mudarei e viverei. Não importa se a chances se foram, eu as trarei de volta. Hoje eu sou alguém diferente de amanhã.
@Guinhamcr
sábado, 26 de fevereiro de 2011 @ 03:38 Durante um período sua vida você caminha lentamente por um caminho escolhido, talvez por pura intuição. Enquanto segue por este caminho tudo parece ocorrer de uma maneira natural e sem surpresas. Mas de uma hora pra outra esse caminho se divide em dois, e você acaba se perdendo e fica sem saber pra onde ir. Talvez fosse mais fácil continuar pelo caminho escolhido inicialmente ou seria melhor mudar a rota e viver novas emoções, quem sabe conhecer novos rostos. E fica difícil escolher entre eles , já que, pra você os dois caminhos parecem fascinantes. Você decide esperar e pensar direito no que fazer , mas percebe que nada adianta. Seus pensamentos vão longe, se perdem em meio a confusão criada em sua mente. Não tem como escapar, pode ser que isso pareça loucura. Pode parecer tantas coisas que nem mesmo você consegue se entender. Mas espere mais um pouco, logo você escolherá o caminho certo. E por uma simples decisão tomada, sua vida irá seguir seu rumo novamente. @guinhamcr ps.: Faculdade, trabalhos e correira. terça-feira, 25 de janeiro de 2011 @ 03:55 “… Juliet: Somente teu nome é meu inimigo. (…) Assim, Romeu, se Romeu não se chamasse, conservaria essa cara perfeição que possui sem o rótulo. Romeu despoja-te de teu nome; E pelo teu nome, que não faz parte de ti, toma-me toda inteira! …”- William Shakespeare, Romeu e Julieta. Cena do Balcão (Ato 2, Cena 2) Eu me perdi a cada momento no em que pensei estar apaixonada, talvez eu não me conhecesse o suficiente para dizer o que eu realmente sentia. Eu simplesmente estava tão cega em acreditar que eu estava apaixonada por alguém, acho que meu medo sempre foi esse me apaixonar. O meu medo era tão grande que eu simplesmente deixei a minha mente dominar o meu coração sem perceber, fiz coisas estúpidas e sempre culpava a minha falsa paixão. Escrevi, pensei, chorei, gritei em nome de coisas que olhando neste momento não tinham nenhum fundamento. Agora acho que aprendi a minha lição, ou talvez, eu esteja me perdendo novamente. Já disse como ele me faz sentir? Eu perco a respiração, eu só consigo ver seu sorriso, penso nele sempre antes de dormir. Eu me sinto confusa, seria a minha mente ou o meu coração? Gostaria tanto de descobrir cada uma dessas respostas e talvez você possa me ajudar, você amou como ninguém, você entendeu o verdadeiro motivo do amor, você morreu pelo que você sentia. Não estou dizendo que vou morrer por ele, o meu amor não é tão grande assim. O que significa amar alguém? Significa se sacrificar por ela? Ou aprender a viver sem ela? Talvez amar seja apenas uma ilusão de nossas mentes ou uma alucinação que o nosso coração nos proporciona. Espero que quando você ler isso entenda as minhas duvidas e talvez saiba as respostas. Aguardo ansiosamente e enquanto esperarei em um balcão o meu verdadeiro amor me chamar. “… Romeu: Tomo-te a palavra. Chama-me somente Amor e serei de novo batizado. Daqui em diante jamais serei Romeu!” – William Shakespeare, Romeu e Julieta. Cena do Balcão (Ato 2, Cena 2) @Guinhamcr domingo, 28 de fevereiro de 2010 @ 16:13
Quando a gente pensa que está apaixonada por alguém é sempre um choque, e quando achamos que estamos apaixonamos justo por amigo é pior ainda. Agora pense só, você nunca se apaixonou, e de repente pensa que está apaixonada por ele, e vocês tiveram uma historia, mas tudo isso já acabou. Como você se sentiria?
Bom eu me senti péssima no primeiro dia, mas depois percebi que não tinha jeito e eu deveria esquecê-lo. Só que eu não sabia que esquecer alguém era tão difícil. Você pode estar com várias pessoas, com vários amigos, mas é a presença dele que te faz sorrir, é ele que te faz esquecer o mundo, é ele que quando diz algo que você não gosta te magoa muito. Eu me sinto presa a um sentimento que não tem fundamento, a uma coisa que não tem futuro, só algo dentro de mim, me impede de esquecê-lo. Quando se tem um historia com alguém, uma historia que te faz rir, te faz ficar com raiva de você mesma, que faz você dizer por que eu não disse eu te amo quando tive chance, ou até mesmo, ter dado aquele beijo que poderia ter mudado tudo. Mas eu não fiz nada disso, não disse eu amo você e não dei aquele beijo que faria tudo mudar. Agora é tarde pra chorar, pra tentar voltar atrás, só sei que aquelas vezes da minha vida, foram boas, engraçadas. Agora me resta olhar pra frente e seguir, e eu to fazendo isso bem já que ontem eu fui a casa dele com um amigo meu.
Beeijos,
sábado, 23 de janeiro de 2010 @ 01:08 “Lembra quando eu te disse que nunca seria um adeus? Pois bem se lembre disso eu nunca lhe direi adeus”Quando eu pensei em alguém olhando nos meus olhos e falando uma frase como essa pra mim, o meu coração deu um aperto bem estranho, foi como se não precisassem falar isso pra mim, pois já está acontecendo. Alguns dias atrás eu me considerava a mesma pessoa de sempre, até que me disseram que eu estava voltando a ser como antes. Isso doeu de certo modo, não gostaria e nem quero voltar a ser como antes,foi uma época ruim e eu não quero que ela volte. Parece que mais uma crise está chegando e as coisas estão tão fora do meu controle que eu não percebi, mas eu tenho certeza que eu vou passar por essa crise normalmente como sempre passei. Eu espero sinceramente que ninguém saia machucado dessa minha crise, nem mesmo as minhas melhores amigas, somos inseparáveis e sim eu vou olhar nos olhos de vocês e dizer: "Eu nunca lhes direi adeus" Beeijos, domingo, 10 de janeiro de 2010 @ 20:46 Eu corria em direção à floresta, como se lá eu tivesse paz. Durante anos meu refúgio foi aquele lugar, mas o meu conforto não era o mesmo. Eu sabia que um dia tudo mudaria, que algo não estaria mais ali quando eu voltasse. Enquanto eu corria podia sentir as lágrimas caindo sob minha face, eu chorava como se fosse a ultima vez que eu choraria, era isso que iria acontecer comigo, era a ultima vez que eu iria chorar. Chorar era apenas uma forma de deixar a dor sair do corpo, mas pra mim isso não funcionava. Chorar era uma forma de fraqueza do meu corpo se mostrar fraco e incapaz de segurar os sentimentos. Um dia essas lágrimas me fariam ver como eu fui tola, ao pensar que ele me amaria, aqueles olhos, aquele sorriso, aquele jeito. Por um tempo me neguei a acreditar que isso poderia ser real, mas ele se aproximou de mim, me fez amá-lo. Mas hoje ele se foi, me disse que eu fui só uma coisa pra ele se divertir, e agora eu estou aqui correndo para o meu refúgio, o lugar onde eu me entreguei a ele, onde eu disse que só ele importava para mim. Agora ele ri pelas minhas costas e brinca com os meus sentimentos. Parece que as minhas histórias estão ficando sem um final, será que é a falta de criatividade ou seria apenas a falta de um sentimento que me faça termina-lás? Eu poderia pensar que sim ou que não, mas acho melhor deixar que tudo termine quando tiver que terminar. Beijos, quarta-feira, 25 de novembro de 2009 @ 22:11 Ele era pequeno e não sabia o que queria, o mundo era uma incógnita para ele. Uma incógnita tão grande que ele se perdia na sua conta.Ele era pequeno, mas com um vazio enorme dentro de si. Ele não sabia explicar apenas sentir, era como ganhar uma bala de um amigo e depois perder a bala e o amigo. Ele era tão pequeno que se sentia mal por existir, por respirar, cantar, ou seja, tudo o que ele fazia. Ele era tão pequeno que o mundo era um monstro de sete cabeças que não podia lutar. Ele era tão pequeno que não sabia amar, por que para ele não havia amor, mas um dia esse menino pequeno viu uma pétala de rosa no chão e viu que mesmo que ela não estivesse na rosa era linda. Será que ela era como ele? Ou ele também tinha uma beleza especial? Sim ele tinha uma beleza especial e sabe por quê? Por que ele viu em uma simples pétala de rosa ao uma beleza que ninguém via. Esse esse texto foi escrito por mim a um tempo atrás, sinceramente eu não sei por que eu o coloquei aqui, talvez seja pelo fato de que eu goste desse história, ou porque essa história tenha algum significado pra mim. Histórias e mais histórias, é isso que a minha vida esta virando. Bom não vou estragar a História. Beijos, |